segunda-feira, 2 de março de 2009

Várias Variáveis

I

Um dia, quero ter a mesma serenidade que você tem hoje;
Um dia, quero seguir pelos mesmos caminhos que você segue hoje;
Um dia, quando nos encontrarmos, farei de você meu paradeiro, e será como dois pontos de um mesmo novelo que se encontram...

II

Menina, quero fazer de ti meu paradeiro, meu endereço; em teus olhos desenhar meu corpo, em tua boca escrever meu nome santo, em teus ouvidos sussurrar prosas impuras, versos sagrados, poemas sensuais. Fazer do teu corpo meu pão, com o qual me nutro, e do qual sugo toda a seiva da vida...

III

Havia uma menina encantada com um menino, mas o menino não sabia... Havia um menino encantado com uma menina, mas a menina não sabia... Os dois se olhavam como um espelho que nada refletia, os dois se sonhavam como quem dorme acordado. Havia um anjo observando os dois, mas nada dizia! Não era um anjo desses que aparecem nas novelas das 19h, era um anjo que não intervia na vida das pessoas, por isso: a menina nunca descobriu que o menino gostava dela, mas o menino nunca deixou de amar, e o Anjo continua assistindo a tudo, comendo pipoca e bebendo guaraná.


Xico Fredson

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