segunda-feira, 2 de março de 2009

Perguntas!

Em busca do quê? Viajando pra onde? Fazendo o quê? Pra quê? Por quê? Por quem? O perdão é um dom? A solidão é uma dádiva? O amor um ócio destrutivo ou construtivo? A música encanta a musa? A musa não tá nem aí pras músicas? O que fazer com as coisas da vida? Onde jogá-las ou então, onde plantá-las? E as rosas, o que se faz com elas quando murcham? Joga-se fora ou joga-se dentro? E os nossos olhos, o que fazer com eles quando lacrimejam? Enxugá-los ou deixá-los expor a nossa fragilidade? E o poeta, o que fazer com a poesia? E o sorriso sincero, deve-se guardá-lo para um porvir, um devir? E aquelas fotos que de tão antigas já se tornaram amarelos como os sorrisos desfalcados, o que fazer com elas? Jogá-las pela janela ou deixá-las desaparecerem por si? O que fazer com aquela mochila guardada, pegar o necessário, tirar o vazio que se encontra preenchendo-a e seguir viagem ou deixá-la como está, e ficarmos onde estamos, indiferentes a um belo dia de sol? O que fazer com os nomes que damos as coisas, com os livros que não lemos, mas que gostaríamos de ter? O que fazer com o mundo quando ele pesa sobre os olhos? Fechá-los e tentar lançar um novo olhar sobre o que já é velho e aparentemente definitivo? Onde estão os anjos? Onde estão os santos? Onde está minha Pitonisa? Onde estão meus óculos? Onde estão as placas? Onde está o interruptor? Onde estão as lendas, os mitos, as fábulas, onde estão todos? Onde estou eu? Em que canto do corpo da menina estarei escondido? Guardado como um Segredo que o próprio silêncio desconhece...
Xico Fredson!

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