segunda-feira, 2 de março de 2009

Coisas Desconexas!

E dentro daquela caixa azul havia uma solidão que era dividida por dois, dividida pelos dois.
Os seus corpos se retorciam devorados por dois cães, um deles chamava-se saudade, o outro chamava-se ansiedade, animais famintos que quanto mais comiam, mais queriam...

Minhas retinas apreendem imagens, minhas pálpebras são como plantas carnívoras sempre devorando as imagens retidas.
Ontem vi uma menina com fitas azuis nos cabelos, flores nas mãos, duvidas nos olhos...
Mas o que me atraia não era a imagem que se formava dela, o que eu devorava era o som dos seus lábios, uma frase que de tão surrada perdeu muito do seu sentido original. Mas ao ouvi-la, parecia até uma frase dita em uma língua morta: Eu te amo, ela dizia. Alguns gritaram: blasfemia!!! Outros eram mais radicais: Jogar pedra é pouco, ateiem fogo nela!!!!

Xico Fredson!

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