segunda-feira, 2 de março de 2009

Misturas

À Sylvia, com carinho, obrigado minha amiga pelas belas sempre tão oportunas e sempre tão bem vindas.

Não confunda a delicadeza do cristal com fraqueza, nem tampouco pense que pelo fato de eu aparentar ser fraca, não tenha forças para superar adversidades. Eu sou o que você menos supõe, o que mais duvida, o que nao vê. Estou exatamente no ponto onde não pode me enxergar, num ponto obscuro da sua mente estreita que não enxerga o óbvio, mesmo que ele venha com meu nome envolvido em neon. Tudo isso porque o meu verdadeiro ser é invisível aos seus olhos materiais e às coisas colocadas como padrão. Da caverna em que você habita, eu fugui há anos, pois no meio de tudo isso, de toda essa confusão eu procuro a luz, e não me importa que ela pareça ridícula ou que não ilumine os seus ideais. No meio de toda essa perfeição vestida com roupas tecidas com fios invisíveis, os mesmos fios que teceram a roupa do Rei, eu sou uma falha, a impureza que agride os olhos de quem segue sempre em linha reta. Um defeito para além do que aparenta ser normal. É na minha liberdade de dizer "não" que reside a minha força. É em locais esquecidos pelo homem que me refugio. É onde não há sinais de celular, onde não há internete, onde não posso ser encontrada... Sou como um encanto, como o resultado de duas mãos juntas materializando uma prece. Só apareço quando e pra quem quero. Eu sou o que quero e não o que querem, meu nome é Liberdade...
Xico Fredson!

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